Ancelotti redefine conceito de “jogo bonito” e prevê grupo quase fechado da Seleção até março

Em Tóquio, Carlo Ancelotti deixou claro que o planejamento da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo segue um roteiro preciso. O técnico italiano afirmou nesta segunda-feira que a fase de observações de jogadores deve se encerrar em novembro, abrindo espaço para consolidar o elenco até março de 2026, quando o Brasil enfrentará rivais europeus, entre eles a França, em nova Data Fifa (período oficial destinado a jogos entre seleções).

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Durante a coletiva, Ancelotti evitou revelar a escalação para o amistoso contra o Japão, que será disputado nesta terça-feira, às 7h30 (horário de Brasília), no Ajinomoto Stadium. Ainda assim, ele reconheceu que há nomes que deseja avaliar em campo antes de fechar a lista final para o Mundial.

“Temos que ver qual é a melhor estratégia para nós. É um momento, até a Data Fifa de novembro, em que podemos experimentar algumas coisas e dar mais oportunidades a outros jogadores. A Data Fifa de março pode ser a lista que vai jogar a Copa do Mundo. Temos que manejar essas duas coisas: um time que, pouco a pouco, vai estar mais definido, com outros jogadores que queremos ver como se incorporam ao jogo”.

Com três vitórias, um empate e apenas uma derrota no comando da equipe, o treinador tem dado nova identidade à Seleção Brasileira. O equilíbrio entre defesa e ataque tem sido o principal diferencial: em cinco partidas, o Brasil marcou nove gols e sofreu apenas um, de pênalti, diante da Bolívia, em La Paz.

Ao ser questionado sobre como concilia a busca por resultados com o tradicional “jogo bonito”, Ancelotti foi direto: para ele, o verdadeiro espetáculo está em uma equipe sólida, eficiente e competitiva.

“A Seleção Brasileira quer jogar um futebol bonito e pode jogar, sim, mas depende do que se entende por “jogo bonito”. Claro que há qualidade individual nos jogadores e também comprometimento coletivo. É preciso jogar bonito com a bola e também sem a bola, que é um aspecto importante”.

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Avaliação individual e flexibilidade tática

Ancelotti também comentou sobre o desempenho de Matheus Cunha, um dos destaques recentes da Seleção.

Defini como um jogador muito importante em todos os aspectos — defensivo e ofensivo. Trabalhou muito bem na partida e estamos satisfeitos com ele. Tem a sorte de atuar em diferentes posições no ataque, e temos muitos jogadores que podem mudar de posição e melhorar a entrega.

Sobre o sistema tático, o treinador reforçou a importância da versatilidade e da competitividade interna.

“Acho que os jogadores que estão aqui devem ter motivação e acreditar que podem jogar. Um pouco de concorrência é bom para manter essa motivação. Neste momento, rodar o elenco para observar o desempenho em diferentes sistemas é uma boa solução. Estou convencido de que o time não pode jogar de uma única maneira; é preciso atuar em diferentes formações, e temos qualidade individual suficiente para isso.

Neymar e o protagonismo

Neymar pode jogar em seu máximo nível nesta Seleção sem nenhum problema. Quando sua condição física estiver boa, tem qualidade para atuar não só no Brasil, mas em qualquer equipe do mundo, pela capacidade técnica que possui”.

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