O Instituto Aço Brasil expressou profunda preocupação com a recente elevação das tarifas de importação de aço para 50% pelos Estados Unidos, medida anunciada pelo presidente Donald Trump. A entidade destaca que essa ação agrava o já delicado cenário global do setor, caracterizado por um excesso de capacidade de 620 milhões de toneladas. Além disso, a medida intensifica práticas protecionistas e compromete a estabilidade do comércio internacional de aço.
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Em 2024, os EUA importaram 5,6 milhões de toneladas de placas de aço, das quais 3,4 milhões eram de origem brasileira. A imposição de tarifas mais elevadas poderá trazer prejuízos não apenas para os exportadores brasileiros, mas também para a própria indústria americana. O cenário projetado indica um aumento de custos e uma redução da competitividade para ambos os lados, colocando em risco colaborações comerciais historicamente valiosas.
O governo brasileiro, por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), expressou a intenção de abrir canais de negociação com os EUA, na esperança de restabelecer acordos que permitam exportações sem tarifas adicionais. O vice-presidente Geraldo Alckmin enfatizou a importância do diálogo e da colaboração entre os dois países, já que o Brasil e os EUA têm relações comerciais interligadas que beneficiam ambas as partes.
O Instituto Aço Brasil reafirma seu compromisso em apoiar a indústria nacional e propõe a construção de um comércio internacional pautado por regras claras e respeito mútuo, que possam beneficiar todas as partes envolvidas. O momento exige unidade e estratégia para garantir que os desafios atuais sejam superados, sem comprometer a integridade do setor em longo prazo.