Trabalhadores comprometem até 35% da renda com consignado CLT, aponta estudo

Uma pesquisa divulgada pela Serasa Experian revela que quase um quarto dos trabalhadores que contrataram crédito consignado pelo novo modelo do Crédito do Trabalhador comprometeram mais de 35% do salário com parcelas, ultrapassando o limite definido pelo governo federal.

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O levantamento, realizado entre 21 de março e 20 de abril de 2025, analisou 2.200 contratos e constatou que, em média, 40% dos funcionários de uma empresa possuem contratos de consignado ativo, com dois empréstimos por pessoa.

A nova modalidade de crédito, instituída pela Medida Provisória nº 1.292, permite que empresas sem convênio com bancos operem com o consignado privado, ampliando o acesso ao crédito para trabalhadores formais, incluindo empregados domésticos, rurais e profissionais contratados por MEIs (Microempreendedores Individuais).

Trabalhadores: A pesquisa também aponta que 35% dos contratos foram firmados com credores sem vínculo anterior - Foto: Reprodução/Serasa
A pesquisa também aponta que 35% dos contratos foram firmados com credores sem vínculo anterior – Foto: Reprodução/Serasa

Porém, o colaborador precisa ficar alerta ao endividamento excessivo. O novo modelo exige cuidado redobrado com o cálculo da margem consignável, pois não leva em consideração descontos em folha que podem ocorrer mensalmente, como coparticipações de plano de saúde, que reduzem o salário líquido do colaborador.

A pesquisa também aponta que 35% dos contratos foram firmados com credores sem vínculo anterior com os empregadores, evidenciando a ampliação da concorrência entre instituições financeiras.

O estudo destaca a importância de uma gestão cuidadosa e transparente do crédito consignado CLT, visando evitar o comprometimento excessivo da renda dos trabalhadores e promovendo a saúde financeira no ambiente corporativo.

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