Na quarta‑feira, 7 de maio de 2025, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil elevou, por unanimidade, a taxa básica Selic de 14,25% para 14,75% ao ano. A decisão está registrada na ata oficial disponível no site do Banco Central do Brasil.
LEIA TAMBÉM: Investidores recorrem ao ouro: metal avança 3% com dólar enfraquecidoEsse aperto tem como alvo direto a inflação medida pela prévia do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA‑15). Em abril, o IPCA‑15 subiu 0,43%, acumulando 5,49% em 12 meses acima do teto de tolerância de 4,5% definido pelo Conselho Monetário Nacional. Os detalhes estão no portal do IBGE.
Com juros mais altos, crédito e empréstimos ficam mais caros, levando muitas famílias a adiar planos de consumo e empresas a reavaliar investimentos. Esse impacto direto no bolso do brasileiro reforça a urgência do Banco Central em manter a Selic em patamar elevado.
O próprio mercado já antecipava esse movimento: o Boletim Focus publicado em 2 de maio apontava consenso de alta de meio ponto na Selic. Essa previsibilidade ajudou a conter a volatilidade em uma “superquarta”, quando também saem importantes decisões monetárias nos Estados Unidos.
Em sua comunicação, o Copom ressaltou as “incertezas no cenário externo”, especialmente sobre políticas comerciais, além da pressão contínua de alimentos e energia sobre os índices de preços. O comitê enfatizou a necessidade de acompanhar de perto novos números antes de definir os próximos passos.
Agora, investidores e analistas voltam suas atenções para a divulgação do IPCA “cheio” de abril, prevista para sexta‑feira (9), e para indicadores de atividade, como produção industrial e desemprego. Esses dados serão decisivos na próxima reunião do Copom, agendada para 45 dias, quando poderá ser definido o ritmo futuro do ciclo de aperto.