A ameaça de sanções dos Estados Unidos contra o Brasil, devido à importação de diesel e fertilizantes da Rússia, acendeu um novo alerta ao governo brasileiro. Especialistas destacam o risco de alterações no preço.
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Devido a sua relação direta com a Rússia, o Brasil pode se tornar um alvo vulnerável, já que mais de 60% do diesel e 20% dos fertilizantes são importados da Rússia.
Segundo fontes próximas ao governo norte-americano, Donald Trump também pode adotar novas retaliações contra o Brasil em meio ao julgamento de Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente brasileiro.
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Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil precisa preparar um plano emergencial para proteger as cadeias estratégicas de um eventual bloqueio. “Se a Rússia não resolver o conflito, eles vão retaliar quem compra produtos russos. E nós importamos petróleo e insumos agrícolas — produtos extremamente sensíveis ao agronegócio”, disse o presidente da entidade, Ricardo Alban.
A proposta dos Estados Unidos prevê impor tarifas altas, de forma automática, a qualquer país que continue negociando com a Rússia se um acordo de paz não for respeitado.
E caso o presidente Donald Trump resolva incluir os fertilizantes na lista de produtos “proibidos” de serem importados da Rússia, seria uma medida pensada em afetar a competitividade internacional do agronegócio brasileiro.
Já para o diesel, o maior receio é de que sanções à compra brasileira de combustível russo gerem distorções no mercado nacional, como o aumento dos custos dos combustíveis ao consumidor final brasileiro e pressione a inflação no país.