Finalmente o cafezinho ficou mais barato para o brasileiro. Depois de 16 meses, o preço do café em pó caiu, com uma redução de 0,18% entre 16 de junho e 15 de julho deste ano, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
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Apesar da notícia boa, a realidade ainda é desoladora. O café está atualmente 86,5% mais caro se comparado com a mesma data no ano passado. O principal motivo da queda se deu por estarmos colhendo o auge da safra cafeeira, que acontece entre março e setembro, especialmente entre junho e julho, quando a produção se intensifica.
De acordo com economistas, a expectativa é de preços caindo gradualmente neste segundo semestre de 2025 pelo avanço da safra e por causa da redução das cotações depois do início da colheita.
É pertinente lembrarmos que, a partir de 1º de agosto de 2025, o tarifaço de Donald Trump estará valendo. São 50% de taxa sobre produtos brasileiros, provocando ansiedade e incerteza no preço do café e de outras matérias-primas no mercado interno e externo. Vale destacar que, no cenário cafeeiro, os EUA são o maior comprador — 16% do total vendido ao mundo —, tornando a tarifa extremamente relevante.
O mercado se planeja como dá nos bastidores. Com essa taxa repentina, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) urge que as exportações sejam direcionadas a países como China, Índia, Indonésia e Austrália, como estratégia a fim de absorver as compras dos EUA por outros parceiros.
O governo brasileiro está em uma sinuca de bico diante de toda essa situação. Desde que Jair Bolsonaro passou a utilizar tornozeleira eletrônica, os ânimos de Trump estão à flor da pele, e o tarifaço de 50% não parece ser resolvido de forma amigável — e nem em tão pouco tempo.
