Petróleo fecha em alta com cobertura de posições vendidas e tensão nas negociações nucleares

Os preços do petróleo encerraram o pregão da sexta-feira (23) em alta, influenciados principalmente pela cobertura de posições vendidas pelos investidores norte-americanos antes do feriado prolongado do Memorial Day, além das crescentes preocupações relacionadas às negociações nucleares entre Estados Unidos e Irã.

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O petróleo Brent, referência internacional, fechou cotado a US$ 64,78 por barril, registrando um avanço de 0,54%. Da mesma forma, o WTI (West Texas Intermediate), negociado em Nova York, encerrou o dia em US$ 61,53, com valorização também de 0,54%.

Investidores decidiram cobrir suas posições vendidas – aquelas apostas feitas na expectativa de queda nos preços – para minimizar riscos diante do feriado nos Estados Unidos, que tradicionalmente marca o início da temporada de verão, período de maior consumo de combustíveis no país. Esse movimento contribuiu diretamente para a recuperação das cotações no mercado internacional.

Outro fator que ajudou a sustentar os preços é a incerteza nas negociações nucleares entre EUA e Irã. As reuniões realizadas em Roma não avançaram significativamente, e a falta de progresso aumenta o risco de uma escalada das tensões. Analistas apontam que uma deterioração na relação entre os dois países poderia gerar interrupções no fornecimento global de petróleo, pressionando ainda mais os preços para cima.

Paralelamente, o cenário internacional recebeu mais um elemento de tensão após o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar a intenção de impor uma tarifa de 50% sobre produtos da União Europeia, a partir de 1º de junho. Essa medid pode gerar impactos sobre a demanda global, acrescentando mais volatilidade ao mercado energético.

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Ainda no radar dos investidores está a estratégia da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). O grupo anunciou planos de aumentar gradualmente a produção em 411 mil barris por dia em julho, com possibilidade de reversão dos cortes feitos anteriormente até outubro. Essa decisão reflete o otimismo cauteloso do grupo quanto à retomada da demanda global, mas mantém o mercado alerta sobre o equilíbrio entre oferta e demanda nos próximos meses.

Diante desse contexto, o mercado de petróleo deve permanecer bastante volátil, com investidores atentos tanto ao desenvolvimento das negociações geopolíticas quanto às políticas de produção da Opep+.

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