O amargo chegou ao café do ES antes do tarifaço

O Espírito Santo não exporta café para os Estados Unidos desde o “tarifaço” anunciado por Donald Trump, que taxa em 50% os produtos brasileiros vendidos aos EUA. A taxa entra em vigor somente em 1º de agosto, mas já impactou severamente a economia capixaba.

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Para se ter ideia, até o momento, o estado deixou de enviar aos americanos 42 mil sacas de café, que representam mais de 2,5 mil toneladas de grãos.

A paralisação preocupa o país inteiro, pelo fato de que o Brasil é o maior exportador de café do mundo, e os EUA, historicamente, seu principal comprador. A situação ainda renderá muito debate: o café produzido pelos vizinhos americanos sacia somente 1% da população americana.

Apesar desses fatos, as negociações atuais acontecem em marcha lenta, com dificuldades de fechar um acordo que seja benéfico para quem compra e para quem vende. Segundo a CCCV — Centro do Comércio de Café de Vitória, entidade que representa os exportadores do ES —, mais de 210 mil sacas — 12,6 mil toneladas — têm risco de não serem aproveitadas devido à nova tarifa.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, admite que ficou surpreso com o imposto anunciado por Trump e avalia a diversificação na hora de exportar matéria-prima aos Estados Unidos.

“Estamos trabalhando para diversificar mercados, mas o impacto imediato é inegável. O café conilon capixaba tem um espaço consolidado nos EUA, e perder isso, mesmo que temporariamente, é um golpe duro.”

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