Mercado em busca de equilíbrio entre riscos globais e debates fiscais

Num pregão permeado por tensão geopolítica e incertezas sobre o futuro do IOF, o Ibovespa encerrou em 137.212,63 pontos, queda de 0,43% em relação à véspera, segundo o relatório oficial da B3 . Esse recuo, embora moderado, revela como o conflito entre Israel e Irã continua a influenciar o humor dos investidores, mesmo diante de indicadores domésticos que sugerem algum fôlego na retomada econômica.

Em paralelo, o dólar comercial fechou praticamente inalterado, a R$ 5,5427, alta marginal de 0,01% conforme o Boletim Diário de Câmbio do Banco Central do Brasil . A estabilidade cambial mostra a preferência por não arriscar grandes oscilações antes da votação do Projeto de Decreto Legislativo que visa suspender o recente aumento do IOF, um movimento que pode trazer novos ruídos ou acalmar o mercado, dependendo do desfecho parlamentar.

Ao longo do dia, o Ibovespa oscilou entre 136.585,90 e 137.799,95 pontos, um intervalo de 1.214 pontos que testemunhou alternância de protagonismo entre setores: exportadoras sentiram o impacto da alta do petróleo, enquanto financeiras sustentaram parte do fluxo comprador. Essa amplitude intradiária sinaliza que, mesmo em queda, o mercado mantém liquidez e disposição para ajustar posições conforme as notícias se desdobram.LEIA TAMBÉM: Israel ataca instalações nucleares do Irã, mata principais líderes militares e agrava tensão global

À frente, analistas apontam que o rumo das discussões no Congresso e a próxima divulgação do IPCA‑15, pelo IBGE, serão determinantes para calibrar o próximo movimento de carteira. Além disso, o relatório de PPI nos EUA, aguardado esta semana, pode reavivar expectativas de cortes de juros, influenciando a dinâmica de capitais. Mais do que métricas, tudo isso reforça que a busca por equilíbrio entre retorno e proteção continua a ser o desafio central para quem opera no mercado brasileiro.

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