A arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) atingiu um recorde histórico em agosto de 2025, somando R$ 8,45 bilhões. Esse aumento de 42,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior reflete tanto o impacto das alíquotas elevadas quanto o aumento nas operações de crédito e câmbio. A elevação do IOF, adotada pelo governo no primeiro semestre de 2025, visou gerar receitas para cobrir o rombo fiscal e financiar programas sociais, mas resultou também em uma pressão sobre o mercado de crédito.
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O impacto das altas alíquotas do IOF foi sentido em diversos segmentos, com destaque para empréstimos e financiamentos que, apesar de estarem em níveis estáveis, sofreram um aumento no custo total para consumidores e empresas. Além disso, as operações de câmbio, que incluem a compra e venda de dólares e outras moedas, também foram impactadas pela alta tributação, afetando as negociações no mercado de câmbio paralelo.
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A medida pode ter efeitos a longo prazo no mercado de crédito, estimulando uma busca por alternativas de financiamento que não envolvem o sistema bancário tradicional, como fundos de investimentos ou empréstimos peer-to-peer. Isso se deve ao encarecimento das linhas de crédito devido ao imposto, o que pode desencadear uma mudança nos padrões de financiamento empresarial e pessoal no país.
A expectativa é que a arrecadação do IOF continue em alta nos próximos meses, mas uma análise mais detalhada é necessária para avaliar se essa medida gerará um impacto negativo no crescimento econômico, ao restringir o acesso ao crédito para pequenos negócios e consumidores em geral.









