O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação oficial do Brasil, registrou um aumento de 0,26% em julho de 2025, ligeiramente superior à alta de 0,24% observada em junho. Segundo dados do IBGE, esse aumento foi impulsionado, principalmente, pelo aumento nos preços da energia elétrica, que contribuiu com 0,12 ponto percentual para o índice do mês. A alta das tarifas de eletricidade, que subiram 3,04% em julho, foi o principal responsável pela pressão inflacionária do período.
O aumento no custo da energia elétrica foi acompanhado por uma alta de 0,35% nos preços dos transportes, que incluíram as passagens aéreas, que subiram 19,92%, refletindo o impacto da alta demanda por viagens durante as férias. O impacto do aumento nos transportes também se refletiu nos preços dos combustíveis, que subiram 0,64%, afetando diretamente o custo de vida das famílias brasileiras. Esse cenário continua a ser desafiador para a economia do país, especialmente em um contexto em que as famílias já enfrentam dificuldades com o aumento do custo de vida.
Por outro lado, o grupo de alimentos e bebidas apresentou uma leve queda de 0,27%, aliviando a pressão sobre a cesta básica. Esse recuo nos preços dos alimentos foi um alívio para as famílias brasileiras, que sentiram a alta nos meses anteriores. Produtos como hortifrúti e carne mostraram uma desaceleração nos preços, oferecendo um pequeno respiro para os consumidores. No entanto, o cenário ainda é de incertezas, com as taxas de juros elevadas e os custos mais altos impactando o poder de compra da população.
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação ficou em 5,23%, abaixo dos 5,35% registrados anteriormente. Esse dado sugere que a inflação está começando a perder força, embora ainda acima da meta do Banco Central. A política monetária continua sendo um fator chave para controlar a inflação, e o mercado aguarda os próximos movimentos do Copom (Comitê de Política Monetária).









