Japão suspende compra de frango de Quixeramobim após confirmação de gripe aviária

O governo do Japão decidiu suspender temporariamente as importações de carne de frango, ovos e produtos derivados provenientes de Quixeramobim, no Ceará. A medida foi tomada após a confirmação de um foco de gripe aviária em galinhas criadas para subsistência no município, conforme informou o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca japonês.

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Além dos produtos originados em Quixeramobim, o embargo inclui a entrada de aves vivas e ovos férteis de todo o território cearense. A restrição se aplica a mercadorias produzidas a partir de 18 de julho. Produtos processados antes dessa data poderão continuar sendo exportados, desde que haja comprovação de armazenamento seguro.

Exames sendo feitos em frangos para controle da doença - Foto: Reprodução/Estadão Conteúdo
Exames sendo feitos em frangos para controle da doença – Foto: Reprodução/Estadão Conteúdo

O caso confirmado é de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), identificado em aves de fundo de quintal — criação comum em áreas rurais e não destinada à produção comercial em larga escala. Apesar de a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) não considerar notificações desse tipo como impeditivas para o comércio internacional, o Japão adota uma postura mais cautelosa e impõe restrições mesmo diante de ocorrências em criações domésticas.

Segundo o Ministério da Agricultura brasileiro, o Japão aceitou neste ano aplicar o princípio da regionalização em casos de IAAP, limitando os embargos apenas aos municípios afetados. No entanto, para aves vivas e ovos férteis, a suspensão pode alcançar áreas mais amplas, como todo o estado.

Além de Quixeramobim, seguem suspensas as exportações avícolas de localidades brasileiras que já registraram episódios semelhantes, como Montenegro (RS), Campinápolis (MT), Santo Antônio da Barra (GO), Meleiro (SC), Sorocaba (SP) e a capital paulista.

As autoridades brasileiras continuam monitorando a situação e reforçando as medidas sanitárias, enquanto aguardam a reavaliação dos parceiros comerciais internacionais.

Autor

  • Nicolas Pedrosa

    Jornalista formado pela UNIP, com experiência em TV, rádio, podcasts e assessoria de imprensa, especialmente na área da saúde. Atuou na Prefeitura de São Vicente durante a pandemia e atualmente gerencia a comunicação da Caixa de Saúde e Pecúlio de São Vicente. Apaixonado por leitura e escrita, desenvolvo livros que abordam temas sociais e histórias de superação, unindo técnica e sensibilidade narrativa.

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