A Receita Federal informou nesta quinta-feira (24) que a arrecadação do governo federal em junho de 2025 foi de R$ 234,5 bilhões, o maior valor já registrado para meses de junho desde o início da série histórica da Receita Federal. Esse resultado representa um crescimento real de 6,62% em relação ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado de janeiro a junho, a arrecadação foi de R$ 1,426 trilhão, também um recorde para o período, com aumento real de 4,38% em relação ao primeiro semestre de 2024.
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O desempenho positivo foi impulsionado por diversos fatores, incluindo o aumento na arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que somou R$ 8 bilhões em junho, representando um crescimento real de 38,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Esse aumento no IOF foi resultado de operações relativas à saída de moeda estrangeira e operações de crédito destinadas a pessoas jurídicas, especialmente após as alterações na legislação sobre o tributo.
Além disso, houve um crescimento na arrecadação do Imposto de Renda sobre ganho de capital, que registrou um aumento real de 19,19% em junho, totalizando R$ 25,044 bilhões. Esse aumento foi impulsionado pela alta da taxa Selic, que impactou os rendimentos de investimentos e, consequentemente, os ganhos de capital. A arrecadação de contribuições previdenciárias também teve um crescimento real de 6,61% em junho, totalizando R$ 6,61 bilhões.
O resultado recorde é positivo para o governo federal, que tem como meta zerar o déficit primário em 2025. A equipe econômica revisou a projeção de rombo nas contas públicas para R$ 26,3 bilhões, dentro do intervalo permitido pela meta fiscal, que tolera um saldo negativo de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). O desempenho da arrecadação em junho contribui para o cumprimento dessa meta e para o equilíbrio fiscal do país.