Apesar de uma leve freada, a inflação continua sendo um fantasma presente na vida do brasileiro. O IPCA-15 índice que antecipa a inflação oficial do país subiu 0,36% em maio, segundo dados divulgados nesta terça-feira (27) pelo IBGE. O número representa uma desaceleração frente ao mês anterior (0,43%), mas ainda carrega pressões significativas em itens essenciais, como energia elétrica, medicamentos e roupas.
No acumulado do ano, a prévia da inflação já soma 2,80%. E o acumulado em 12 meses chegou a 5,40%, ultrapassando o teto da meta estabelecida pelo Banco Central para 2025, que é de 4,5%.
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Entre os vilões do mês estão os remédios, que tiveram alta média de 1,93% após o reajuste autorizado de até 5,09% nos preços. A energia elétrica residencial também pesou, com aumento de 1,68% puxado pela mudança para a bandeira tarifária amarela. Já o vestuário encareceu 0,92%, mantendo a tendência de alta observada nos últimos meses.
O único alívio no orçamento veio do grupo Transporte, com queda de 0,29%. A maior responsável pela baixa foi a redução de 11,18% nas passagens aéreas. Além disso, algumas cidades, como Brasília e Belém, contribuíram para o recuo ao adotarem tarifa zero aos domingos no transporte público.
Na alimentação, a variação foi mais amena, com alta de 0,39%. Produtos como tomate, arroz e frutas ficaram mais baratos. Por outro lado, a batata (21,75%), a cebola (6,14%) e o café moído (4,82%) seguem em disparada.
Mesmo com a desaceleração, o cenário ainda é de atenção. A combinação de preços em alta com serviços essenciais impactados mostra que o custo de vida segue elevado e o alívio no bolso, por enquanto, ainda está longe de chegar com força.