Maio promissor para a Argentina: inflação desacelera para 1,5%, recorde mensal dos últimos 5 anos

A inflação mensal na Argentina registrou 1,5% em maio de 2025, o menor índice para o mês desde 2020, conforme dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). Esse resultado representa uma desaceleração significativa em relação aos 2,8% observados em abril. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação foi de 43,5%, abaixo dos 47,3% registrados em abril.

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O governo do presidente Javier Milei comemorou o resultado, atribuindo-o às medidas econômicas implementadas desde o início de sua gestão, em dezembro de 2023. Entre as ações destacadas estão a liberalização parcial do mercado de câmbio, a eliminação do controle de capitais para pessoas físicas e a implementação de um regime de flutuação do peso argentino. Essas mudanças foram exigidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como condições para um novo empréstimo de US$ 20 bilhões ao país.

Apesar da queda na inflação, a desaceleração do consumo tem gerado preocupações. O setor de alimentos e bebidas não alcoólicas teve um aumento de apenas 0,5%, refletindo uma retração na demanda. Além disso, o preço do transporte subiu 0,4%, enquanto serviços de comunicação e preços em restaurantes e hotéis registraram as maiores altas, com aumentos de 4,1% e 3%, respectivamente.

O governo argentino continua focado na implementação de políticas fiscais e monetárias rigorosas para consolidar a estabilidade econômica. No entanto, desafios como fortalecer reservas internacionais e manter o crescimento econômico permanecem no horizonte. A trajetória da inflação nos próximos meses será crucial para avaliar a eficácia das estratégias adotadas.

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