Indústria têxtil brasileira corre contra o tempo para driblar o “tarifaço” de 50% dos EUA

A indústria têxtil brasileira corre contra o tempo para amenizar os prejuízos inestimáveis da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros enviados aos Estados Unidos. A taxa, que começa no dia 6 de agosto, praticamente inviabiliza as exportações, tornando o momento crítico para o setor. De acordo com Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), o campo têxtil pode perder até 15 mil empregos na área.

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O diretor salientou o compromisso do setor, que se esforça para embarcar o máximo de matéria-prima têxtil até 5 de agosto — um dia antes do tarifaço entrar em vigor. Todo o processo de mobilização envolve desde a preparação das mercadorias até a logística necessária para que elas sejam despachadas nos portos.

Sem previsão de interrupção da tarifa, o setor que possui boa relação comercial e mantém acordos de livre comércio com países da América do Sul busca expandir sua presença em novos mercados. Dois acordos entram em vigor já no próximo ano: Mercosul-União Europeia e Mercosul-EFTA.

Visando parceiros distintos, o setor atua de forma itinerante. Este ano, foi ao continente africano para conhecer suas cadeias produtivas e a forma como operam. Agora, a indústria têxtil brasileira entende como prioridade estudar e aprofundar as relações comerciais com vizinhos dos EUA, como México e Canadá.

Fernando Pimentel alerta, no entanto, para o desafio de tornar o setor competitivo no mercado internacional, especialmente por causa do chamado Custo Brasil — diferença entre o custo sistêmico de se produzir no país em relação a outros países —, que é bem maior se compararmos à média da OCDE, por exemplo.

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