O dia foi positivo para o mercado brasileiro. A bolsa de valores (Ibovespa) voltou a subir com força e bateu novo recorde, encerrando a quarta-feira (3) com alta de 1,35%, aos 140.927 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial caiu 0,29% e terminou o dia cotado a R$ 5,40, no menor nível desde agosto do ano passado.
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O clima favorável veio tanto de fora quanto de dentro do país. Nos Estados Unidos, novos dados de emprego mostraram uma criação menor de vagas do que o esperado. Esse resultado reforçou a expectativa de que o Federal Reserve (o banco central americano) poderá cortar os juros em breve, o que abre espaço para que investidores busquem aplicações mais rentáveis em países como o Brasil.
E é exatamente isso que está acontecendo: o dinheiro estrangeiro está entrando na bolsa brasileira. A taxa Selic, mantida em 15% ao ano, segue como um grande atrativo, oferecendo retorno alto com risco relativamente baixo. Esse movimento fortalece o real, pressiona o dólar para baixo e ainda ajuda a segurar a inflação.
Os setores que mais puxaram o Ibovespa foram bancos, varejo e consumo doméstico, favorecidos pela queda do dólar e pela confiança no mercado interno. Papéis como Itaú, Magazine Luiza e Petrobras estiveram entre os destaques do dia.
Mesmo com as boas notícias, alguns ruídos no cenário fiscal continuam no radar. O governo ainda enfrenta dificuldades no Congresso, especialmente com a recente derrota sobre o aumento do IOF. Há também expectativa por novas medidas para garantir o equilíbrio das contas públicas, o que pode mexer com o humor do mercado.
Para os próximos dias, investidores vão acompanhar de perto os sinais do Fed, além dos desdobramentos das reformas econômicas no Brasil. A tendência, por enquanto, segue positiva, mas qualquer mudança no cenário político ou internacional pode trazer instabilidade.