A Influenza Aviária, também conhecida como Gripe Aviária, até então, era uma doença exótica em nosso país, ou seja, nunca havia sido diagnosticado nenhum caso em granjas comerciais do Brasil. Contudo, já estávamos cercados pela doença, visto que muitos países da América do Sul já haviam a detectado, além de países da África, América do Norte, Ásia, Europa e Oceania, e a entrada em nosso país era só questão de tempo.
A ausência da Gripe aviária em nossos plantéis sempre fora um grande diferencial em nossas granjas, sendo motivo de orgulho do Serviço de Saúde Animal, que possui o Programa Nacional de Sanidade Avícola implantado em todo o território nacional desde 1994 com a finalidade de conter doenças exóticas como doença de Newcastle e Influenza Aviária. Neste programa, há a descrição do controle sanitário realizado, como monitoramento de aves abatidas em frigoríficos para a detecção da doença, monitoramento de aves migratórias, barreiras sanitárias interestaduais e internacionais, dentre outras medidas.
A doença não passa pela carne ou ovos ingeridos pelos humanos, e a transmissão por contato com o animal é baixa, além de ser restrita aos trabalhadores que mantém contato com as aves. Contudo, por ser uma doença de notificação obrigatória da OIE (Organização Mundial para a Saúde Animal) e de alto poder de disseminação, o plantel deve ser sacrificado através de métodos humanitários.
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O primeiro caso no Brasil foi identificado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em uma granja comercial no município de Montenegro, Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (15). Agora, com as exportações de aves do estado do Rio Grande do Sul suspensas, o MAPA inicial medidas de contenção e zoneamento, para que a doença não se alastre para outras localidades.