Exportações de ovos do Brasil crescem 271% em abril e movimentam mais de US$ 10 milhões

As exportações brasileiras de ovos registraram um salto expressivo em abril de 2025, com um aumento de 271% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o volume total exportado chegou a 4.300 toneladas métricas, gerando uma receita de US$ 10,57 milhões crescimento de 253% no faturamento.

Esse avanço é impulsionado principalmente pela alta demanda dos mercados dos Estados Unidos e do Japão. Os EUA lideraram como principais compradores, importando 2.800 toneladas e gerando uma receita de US$ 6,3 milhões. O aumento da procura por ovos brasileiros no mercado americano é atribuído a surtos de gripe aviária que afetaram a produção interna dos Estados Unidos, abrindo espaço para fornecedores externos.

Leia mais: Brasil recebe evento internacional gratuito que conecta brasileiros a oportunidades de investimento em Portugal

O Japão também elevou suas compras de forma significativa, adquirindo 371 toneladas, quase três vezes mais que no mesmo período de 2024. Esses resultados refletem não apenas a conjuntura global, mas também a capacidade da avicultura brasileira de se posicionar como uma fornecedora confiável e em larga escala.

No acumulado do ano, de janeiro a abril de 2025, o Brasil já exportou 13 mil toneladas de ovos — um crescimento de 134% frente aos quatro primeiros meses de 2024. A receita nesse período chegou a US$ 28,3 milhões, um salto de 153% na comparação anual.

De acordo com a ABPA, a qualidade da produção nacional e a adaptação às exigências sanitárias e logísticas internacionais têm sido fatores essenciais para a consolidação do Brasil como player relevante nesse segmento. A entidade também destaca que a demanda externa tem se mantido firme, especialmente diante das dificuldades produtivas enfrentadas por países tradicionalmente autossuficientes.

Esses dados reforçam o momento positivo do setor avícola brasileiro e apontam para uma tendência de fortalecimento da presença nacional no comércio internacional de proteína animal, especialmente em tempos de instabilidade em outras praças produtoras.

Autor

Marcado:

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *