Exportações brasileiras de café caíram mais de 2 milhões de sacas em Julho

As exportações brasileiras de café para os Estados Unidos já apresentavam sinais de queda antes da imposição de tarifas adicionais de 50% pelo presidente Donald Trump. Em julho, as exportações de café verde caíram 28,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 2,45 milhões de sacas de 60 kg. As exportações de arábica diminuíram 20,6%, enquanto as de robusta quase caíram pela metade, com uma redução de 49%.

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A imposição das tarifas adicionais, que entraram em vigor em 6 de agosto, agravou ainda mais a situação. A indústria de café dos EUA, principal destino das exportações brasileiras, começou a solicitar adiamentos nas compras, alegando estoques suficientes para os próximos 30 a 60 dias.

Essa pausa nas compras está prejudicando financeiramente os exportadores brasileiros, especialmente aqueles que utilizam contratos de câmbio antecipados (ACCs), que geram custos adicionais em caso de atrasos.

Além disso, o mercado futuro do café está invertido, o que significa que os contratos de entrega mais distante estão sendo negociados a preços mais baixos do que os de curto prazo. Isso resulta em perdas financeiras adicionais para os exportadores brasileiros, que enfrentam uma situação desafiadora com a combinação de quedas nas exportações e custos elevados.

Em resposta, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) está buscando incluir o café brasileiro na lista de exceções das tarifas impostas pelos EUA. Enquanto isso, países concorrentes, como Vietnã e Indonésia, estão negociando com os EUA para obter isenções, o que pode aumentar a concorrência para o café brasileiro no mercado norte-americano.

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