Os Estados Unidos enfrentam a possibilidade de ter que pagar US$ 200 bilhões a empresas afetadas pelas tarifas impostas a produtos chineses, caso a justiça americana decida barrar as medidas comerciais adotadas pela administração do presidente Donald Trump no mandato anterior. O caso está sendo analisado por um tribunal federal, que deve determinar se as tarifas, implementadas em 2018, foram ou não legais e se as empresas têm direito a compensações.
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A disputa judicial, que envolve centenas de empresas de diversos setores, incluindo tecnologia, automobilismo e consumo, começou após a administração Biden decidir rever as decisões impostas por Trump em uma tentativa de reduzir os custos de importação de produtos. No entanto, muitas empresas alegaram que as tarifas aumentaram significativamente seus custos operacionais e impactaram a competitividade no mercado global.
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Se o tribunal decidir que as tarifas foram impostas ilegalmente, as empresas que já pagaram as tarifas podem buscar reembolsos de uma soma significativa, totalizando cerca de US$ 200 bilhões, segundo estimativas do Federação Nacional de Comércio (NFC). A decisão do tribunal pode ter um impacto profundo nas relações comerciais entre os EUA e China, além de afetar a dinâmica do comércio global.
Caso sejam derrubadas, as repercussões podem ser amplas, tanto para os EUA quanto para a China, que já vinha negociando a redução de tarifas de importação em diversas áreas. A solução do conflito, no entanto, pode levar mais tempo, dado o contexto geopolítico e econômico instável.