Nos últimos dias, o governo dos Estados Unidos anunciou novas medidas que intensificam a chamada “guerra dos chips”, impondo restrições severas à venda de tecnologia para a China. A ação faz parte da estratégia americana para conter o avanço tecnológico chinês em setores-chave como semicondutores e inteligência artificial (IA).
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O Departamento de Comércio dos EUA determinou que empresas líderes do setor, como Cadence, Synopsys e Siemens EDA, parem imediatamente de vender seus softwares de design de semicondutores para empresas chinesas. Essas tecnologias são cruciais para o desenvolvimento de chips avançados, que a China utiliza para fortalecer suas capacidades industriais e militares.
Além disso, os EUA proibiram a exportação de componentes essenciais para motores a jato e semicondutores, impactando diretamente fabricantes chineses, incluindo a COMAC, empresa que depende de motores da americana GE Aerospace.
O impacto econômico para as companhias americanas também tem sido significativo. A Nvidia, maior fabricante mundial de chips, informou que deixará de faturar cerca de US$ 5,5 bilhões devido à proibição da venda de seu chip H20 para a China. Após o anúncio, as ações da empresa caíram quase 7%.
Em resposta, a China adotou medidas retaliatórias, restringindo a exportação de minerais estratégicos como galio, germânio, grafito e antimônio, insumos essenciais para a fabricação de semicondutores e baterias. O confronto entre as duas potências evidencia uma escalada nas disputas comerciais e tecnológicas.
Enquanto isso, grandes empresas americanas como Amazon, Microsoft e Meta demonstram preocupação de que as limitações possam comprometer a liderança dos EUA na corrida mundial da inteligência artificial. O cenário aponta para uma prolongada disputa geopolítica e econômica, em que a supremacia tecnológica se tornou peça-chave.