O dólar comercial fechou esta terça-feira, 2 de julho de 2025, cotado a R$ 5,45, mantendo-se praticamente estável em relação ao dia anterior, segundo dados oficiais do Banco Central. Já o dólar turismo, utilizado em transações para viagens internacionais, subiu 0,18%, sendo negociado a R$ 5,64.
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Apesar da estabilidade do dia, o dólar acumula queda de 1,03% na última semana e recuo de quase 7% no ano, reflexo de um movimento contínuo de valorização do real. Em junho, a moeda americana chegou a ser negociada a R$ 5,42, o menor patamar desde novembro de 2024.
Do lado externo, investidores seguem atentos à guerra comercial impulsionada por Donald Trump, que tem defendido tarifas recíprocas mais duras contra países parceiros. Além disso, dados do mercado de trabalho norte-americano divulgados recentemente como o relatório payroll, que indicou a criação de apenas 143 mil vagas alimentam as expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve nos próximos meses.
Internamente, a taxa básica de juros brasileira (Selic em 15%) continua sendo um atrativo importante para investidores estrangeiros. No entanto, declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o “nível adequado” do dólar e críticas pontuais ao Banco Central contribuíram para certa volatilidade, sobretudo no câmbio turismo.
Além do dólar, o euro comercial encerrou o dia cotado a R$ 6,4398, com valorização de 0,62%. Já a média da PTAX do Banco Central, usada para contratos futuros e importações, ficou em R$ 5,4511, sinalizando estabilidade institucional no curto prazo.
Quais são as perspectivas?
O patamar atual de R$ 5,45 reflete um equilíbrio delicado entre as pressões externas e a atratividade dos ativos brasileiros. A manutenção dessa estabilidade dependerá do comportamento dos juros nos Estados Unidos, da evolução da guerra comercial e da condução da política fiscal no Brasil. Para o dólar turismo, a expectativa é de oscilação nos próximos dias, principalmente se o fluxo cambial for impactado por decisões do Federal Reserve ou tensões geopolíticas.