O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou nesta quarta-feira (16) que a regulamentação do programa BR do Mar trará uma redução significativa nos custos logísticos do Brasil, estimando uma economia que pode variar de 20% a 60%.
O programa visa impulsionar o transporte de mercadorias por cabotagem, ou seja, transporte entre portos brasileiros, ao estimular a construção de novas embarcações e otimizar a utilização da frota existente. A medida é considerada um marco para a logística no Brasil, que ainda depende fortemente do transporte rodoviário, mais caro e com alto impacto ambiental.
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De acordo com o ministro, a regulamentação está focada em criar condições mais favoráveis para a operação de empresas que atuam no transporte marítimo nacional, facilitando o acesso a financiamentos e garantindo que o mercado de cabotagem seja mais competitivo.
Ele afirmou que, com a nova regulamentação, o Brasil será capaz de reduzir suas dependências de outros modais de transporte, como o rodoviário, que têm sido historicamente mais caros e menos eficientes. Além disso, o transporte por via marítima tem a vantagem de ser muito mais sustentável, já que as emissões de carbono são consideravelmente menores.
A implementação do BR do Mar é vista como essencial para melhorar a competitividade do Brasil no comércio global, especialmente quando se considera o grande tamanho do território nacional e o número de portos marítimos subutilizados.
O programa não só promete reduzir os custos logísticos como também ampliar a capacidade de movimentação de cargas nos portos do país, criando um mercado mais dinâmico e com maior potencial de crescimento para os setores produtivos brasileiros. A expectativa é que, ao mesmo tempo em que facilita o acesso a novos mercados, a medida ajude a aumentar a eficiência e reduzir o custo final dos produtos para o consumidor.
Além disso, a regulamentação permitirá que o Brasil aproveite melhor a infraestrutura portuária existente e amplie sua frota de embarcações, sem depender exclusivamente da construção de novos portos. A medida também deve trazer benefícios diretos para as economias locais, gerando novos empregos e estimulando investimentos nos estados que se beneficiam de maiores operações logísticas.
O ministro destacou que a cabotagem será um setor-chave no futuro do comércio exterior brasileiro, especialmente com o aumento da demanda por produtos de exportação e a necessidade de melhorar a competitividade da indústria nacional.