Crédito habitacional continua restrito no 2º tri, aponta Banco Central

O crédito habitacional no Brasil permanece com condições restritivas no segundo trimestre de 2025, segundo a Pesquisa Trimestral de Condições de Crédito (PTC) divulgada pelo Banco Central. Instituições financeiras mantêm cautela na concessão de financiamentos imobiliários, refletindo um cenário econômico desafiador.

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No primeiro trimestre, foram concedidos R$ 52,4 bilhões em crédito habitacional, representando uma queda de 4,6% em relação ao último trimestre de 2024. A taxa média de juros para esse tipo de financiamento alcançou 10,9% em março, significativamente superior aos 9,2% registrados no mesmo período do ano anterior.

Entre os principais fatores que mantêm o crédito restrito estão a dificuldade das instituições em obter recursos para financiar os empréstimos, o elevado comprometimento da renda dos consumidores, o aumento da inadimplência e uma postura mais conservadora dos bancos diante do cenário econômico atual.

Para o segundo trimestre, a expectativa é de continuidade desse cenário, com taxas de juros elevadas e uma análise de risco mais rigorosa, que devem limitar ainda mais o acesso dos consumidores ao crédito imobiliário. A demanda, no entanto, tende a se manter estável, segundo as projeções.

A restrição no crédito pode impactar negativamente o mercado imobiliário, dificultando a aquisição da casa própria e podendo desacelerar as vendas de imóveis. Além disso, o aumento da inadimplência preocupa o setor financeiro e os consumidores.

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