Com tarifaço, carnes bovinas ganham um novo destino de destaque: o México

O setor de carne bovina brasileiro enfrenta desafios significativos devido às recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos. Em abril de 2025, o presidente Donald Trump anunciou uma tarifa de 10% sobre as importações de carne bovina brasileira, elevando esse percentual para 50% em agosto. Como resultado, as exportações para os EUA caíram drasticamente, de 44,1 mil toneladas em abril para 13,4 mil toneladas em junho, representando uma redução de 67%.

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Em contrapartida, o México emergiu como um novo e importante destino para a carne brasileira. Entre janeiro e junho de 2025, as exportações para o país latino-americano aumentaram 420%, saltando de 3,1 mil para 16,1 mil toneladas. Em termos financeiros, as vendas passaram de US$ 15,5 milhões em janeiro para US$ 89,3 milhões em junho, consolidando o México como o segundo maior importador de carne bovina brasileira, atrás apenas da China.

Esse crescimento nas exportações para o México reflete uma mudança estratégica nas rotas comerciais do Brasil, que busca diversificar seus mercados e reduzir a dependência de um único comprador. Além disso, a proximidade geográfica e os acordos comerciais facilitam o acesso do Brasil ao mercado mexicano, tornando-o um parceiro comercial estratégico.

Com a imposição das tarifas pelos EUA, produtores brasileiros enfrentam desafios logísticos e financeiros. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC) estima que cerca de 30 mil toneladas de carne bovina ficaram retidas devido às novas taxas. Enquanto isso, o México se posiciona como um aliado comercial, oferecendo novas oportunidades para os exportadores brasileiros.

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