O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), solicitou ao governo federal a suspensão imediata do recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o chamado “risco sacado”, modalidade de crédito muito utilizada por pequenos e médios varejistas para obtenção de capital de giro.
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A medida, que entrou em vigor no dia 1º de junho de 2025, eleva a alíquota do IOF de 1,88% para 3,95% ao ano, causando preocupação entre empresários do setor varejista, que alegam impacto direto no fluxo de caixa e nas operações financeiras de suas empresas.
Em reunião com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), Hugo estabeleceu um prazo de 10 dias para que o governo apresente alternativas para a reversão ou modificação do aumento. Caso o Executivo não se manifeste dentro do prazo, o Congresso poderá analisar e votar um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) com o objetivo de sustar a medida.
Por sua vez, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a elevação do IOF como fundamental para o cumprimento das metas fiscais previstas para 2025, estimando que a arrecadação adicional será de aproximadamente R$ 20 bilhões. Haddad afirmou que estão em discussão tanto medidas paliativas quanto reformas estruturais para mitigar o impacto do aumento no médio e longo prazo.
O tema tem gerado intensa discussão política, com parlamentares pressionando o governo a reconsiderar a decisão, sob risco de adoção de medidas legais para anular o decreto. O setor varejista, principal afetado, acompanha atentamente os desdobramentos, que podem influenciar diretamente o ambiente econômico e o acesso ao crédito nos próximos meses.