Brasil assume protagonismo nas discussões sobre transição energética rumo à COP30

Com a aproximação da COP30, que será realizada em novembro, em Belém do Pará, o Brasil intensifica sua posição de liderança nas pautas globais sobre energia limpa e sustentável. Nesta semana, autoridades, especialistas e empresários se reuniram em São Paulo para discutir soluções inovadoras no setor energético, com foco na redução de emissões e no fortalecimento do mercado de carbono.

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O encontro acontece em sintonia com um relatório recém-divulgado pela Agência Internacional para Energias Renováveis (Irena), braço da ONU, que reforça a viabilidade econômica da transição energética. Segundo o estudo, a expansão das fontes renováveis proporcionou uma economia global de US$ 467 bilhões em combustíveis fósseis apenas em 2024. Além disso, mais de 90% dos projetos implementados nesse período geraram eletricidade a custos menores que os da fonte fóssil mais barata disponível.

Nesse cenário, o Brasil desponta com vantagem. O país registra custos inferiores à média global na produção de energia solar e eólica, resultado de fatores como a abundância de recursos naturais, a realização de leilões competitivos e os avanços na infraestrutura do setor. Esses elementos colocam o país em posição estratégica para influenciar os rumos da agenda climática internacional.

A realização da COP30 em território brasileiro reforça ainda mais esse papel. A conferência é vista como uma vitrine para o Brasil demonstrar seu potencial além das commodities, mostrando capacidade de liderar em inovação tecnológica e sustentabilidade. Tecnologias de captura de carbono e alternativas como os combustíveis verdes têm ganhado espaço nos debates, apontando caminhos concretos para um modelo de desenvolvimento mais limpo.

A expectativa é que o país aproveite o momento para consolidar políticas públicas e iniciativas privadas voltadas à transição energética, contribuindo de forma decisiva para o enfrentamento das mudanças climáticas e para a construção de uma economia mais resiliente e de baixo carbono.

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