O Bradesco e o Banco do Brasil anunciaram nesta semana a formalização de um acordo que visa equalizar suas respectivas participações acionárias na Elo, bandeira brasileira de cartões de crédito, débito e pré-pago. A medida tem como principal objetivo garantir que a distribuição de dividendos da empresa reflita a real contribuição de cada um dos sócios.
A Elo também conta com participação da Caixa Econômica Federal e foi criada com o propósito de ser uma alternativa nacional às bandeiras internacionais dominantes no mercado, como Visa e Mastercard.
Segundo os dois bancos, a formalização do acordo não configura um fato relevante, já que não há mudança substancial nas participações atuais na empresa. Portanto, não há expectativa de impacto nas decisões dos investidores ou nas negociações das ações de Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3).
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A movimentação é um ajuste técnico com foco em governança e racionalização da estrutura societária da Elo, e ainda precisa passar pela aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Apenas após o aval dos órgãos reguladores é que a operação poderá ser concluída.
A importância da Elo no mercado nacional
Criada em 2011, a Elo nasceu como fruto de uma parceria entre os três principais bancos públicos e privados do Brasil: Bradesco, Banco do Brasil e Caixa. O projeto tinha como missão fortalecer o sistema financeiro nacional e reduzir a dependência de operadoras estrangeiras, promovendo mais competitividade e inclusão no mercado de meios de pagamento.
Com atuação em todo o território nacional e presença internacional crescente, a Elo oferece soluções completas de pagamento, incluindo cartões de crédito, débito e pré-pago. A bandeira também investe em tecnologia e segurança para garantir transações rápidas, confiáveis e com menores custos operacionais — diferenciais que a consolidaram como uma das maiores do país.
Próximos passos
A operação para ajustar a participação acionária entre os dois bancos ainda está em trâmite e depende da chancela de Bacen e CADE, o que deve ocorrer nos próximos meses. Enquanto isso, os documentos definitivos da operação já foram disponibilizados pelas instituições e estão à disposição para eventuais esclarecimentos.
A iniciativa não muda a composição da Elo de forma prática neste momento, mas alinha os interesses dos acionistas em relação à rentabilidade e ao desempenho futuro da empresa. Em tempos de transformação digital e competição acirrada no setor de pagamentos, a medida é vista como um passo estratégico para manter a solidez e a competitividade da bandeira.