Organizações não governamentais (ONGs) classificaram como uma “sabotagem” à agenda climática global a aprovação da licença pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a Petrobras perfurar o poço exploratório Morpho na bacia da Foz do Amazonas. A decisão foi tomada a pouco mais de duas semanas da Conferência das Partes (COP30), que será sediada pelo Brasil em Belém.
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O Observatório do Clima, que reúne mais de 130 ONGs, anunciou que recorrerá à Justiça contra a decisão, alegando que a exploração de petróleo na região compromete a liderança do Brasil nas negociações climáticas internacionais. Segundo as organizações, a autorização para perfuração é uma contradição com os compromissos assumidos pelo país em relação à redução de emissões de gases de efeito estufa.
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A região da Foz do Amazonas é considerada ecologicamente sensível, com rica biodiversidade e importância para os povos tradicionais. Ambientalistas alertam que a exploração de petróleo pode causar danos irreversíveis aos ecossistemas locais e às comunidades que dependem diretamente desses recursos naturais.
O governo federal, por sua vez, defende que a atividade será conduzida com rigorosos padrões ambientais e que os benefícios econômicos da exploração contribuirão para o desenvolvimento regional e nacional. No entanto, a controvérsia persiste, e o caso deverá ser acompanhado de perto nas próximas semanas.









