Após entrar com pedido de recuperação judicial, Azul lucra mais de R$ 1,5 bi em junho de 2025

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras (B3: AZUL4) registrou um lucro líquido de R$ 1,6 bilhão em junho de 2025, superando as expectativas do mercado e demonstrando resiliência em meio ao processo de reestruturação financeira nos Estados Unidos. A companhia aérea, que entrou com pedido de recuperação judicial sob o Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA em maio, obteve receitas operacionais totais de R$ 1,64 bilhão no mês.

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O EBITDA ajustado alcançou R$ 420,4 milhões, com margem de 25,6%, refletindo uma gestão eficiente dos custos e aumento na demanda por serviços aéreos. O lucro operacional ajustado foi de R$ 155,6 milhões, com margem operacional de 9,5%, indicando que a empresa está conseguindo manter a rentabilidade mesmo diante de desafios financeiros.

A Azul também manteve uma posição de caixa sólida, com R$ 1,6 bilhão em disponibilidades e investimentos de curto prazo ao final de junho. Esses resultados são atribuídos a uma combinação de aumento na ocupação dos voos, controle rigoroso de custos e apoio de investidores estratégicos, como United Airlines e American Airlines, que contribuíram com o processo de reestruturação.

Apesar do desempenho positivo, a Azul continua enfrentando desafios relacionados à dívida acumulada durante a pandemia e à volatilidade cambial, que impacta os custos de leasing de aeronaves e combustíveis. A empresa está implementando um plano de reestruturação para eliminar até US$ 2 bilhões em dívidas e fortalecer sua posição financeira para o futuro. O objetivo é sair do processo de recuperação judicial no início de 2026, com uma estrutura de capital mais robusta e sustentável.

O sucesso da Azul em gerar lucro líquido durante o processo de reestruturação é um indicativo positivo para o setor aéreo brasileiro, que enfrenta um cenário de incertezas econômicas e desafios operacionais. A capacidade da empresa de adaptar-se às condições do mercado e implementar estratégias eficazes de gestão financeira será crucial para sua recuperação completa e retorno ao crescimento sustentável nos próximos anos.

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