O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda‑feira (7), durante a cúpula do BRICS no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, que existe uma “real possibilidade” de redução nos preços da gasolina e do diesel no Brasil nas próximas semanas.
O cenário favorável se deve à recente queda na cotação do barril de petróleo do tipo Brent, impulsionada pelo arrefecimento das tensões geopolíticas entre Israel e Irã.
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Silveira destacou que o governo tem atuado de forma contínua e firme com órgãos como o Cade, Senacon, Polícia Federal e o Ministério da Justiça, para garantir que reduções promovidas pela Petrobras sejam efetivamente repassadas aos consumidores nos postos de gasolina.
O ministro também ressaltou que a utilização de uma estratégia fiscalizatória mais rigorosa busca sanar conflitos entre os preços da refinaria e os valores praticados ao consumidor final. Nesse contexto, ele mencionou a insistência do presidente Lula:
“É preciso que esses órgãos não permitam que nenhum posto venda gasolina mais cara do que aquilo que é o preço que ela tem que vender”.
Além disso, ele lembrou que, nos últimos dois anos e meio, o Ministério de Minas e Energia vem trabalhando intensamente para manter os menores preços de combustível na bomba possível, já reduzidos em relação a dezembro de 2022.
O cenário é complementado pelas informações da Petrobras. A presidente da estatal, Magda Chambriard, apontou recentemente que os preços dos combustíveis já estão abaixo da paridade de importação, o que abre espaço para novas quedas no valor praticado nas bombas caso o Brent continue caindo.
O que isso significa para o consumidor?
- Preços mais baixos nas bombas: A tendência é que, com a permanência da queda do Brent, a gasolina e o diesel sofram ajustes para baixo já nas próximas semanas.
- Maior fiscalização: A atuação coordenada entre Cade, Senacon e PF visa evitar que reduções na refinaria sejam retidas por distribuidores ou postos.
- Pressão política contínua: Tanto Silveira quanto Lula têm reforçado publicamente que é fundamental que o benefício alcance o cidadão na ponta.
Contexto geopolítico e econômico
- Brent em queda: O barril de petróleo Brent, que chegou a subir perto de US$ 80 com a escalada no Oriente Médio, agora ronda US$ 70 à medida que a tensão entre Israel e Irã diminui.
- Impacto cambial: A apreciação do real frente ao dólar também colabora para que o repasse dos preços globais seja mais rápido ao consumidor nacional.
Com a combinação da queda no preço internacional do petróleo e uma ação governamental mais eficaz na fiscalização da cadeia de combustíveis, há um cenário bastante plausível para que os brasileiros vejam reduções nos valores da gasolina e do diesel ainda nas próximas semanas.
No entanto, o sucesso depende não só da continuidade dessa conjuntura internacional favorável, mas também da efetividade das ações regulatórias até o consumidor final.