Mestre Damasceno morreu aos 71 anos, nesta terça-feira, (26), depois de estar internado no hospital Ophir Loyola em Belém, desde o dia 22 de junho, onde tratava um quadro de pneumonia e insuficiência renal.
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Como um símbolo da cultura popular marajoara, no Pará, e criador do Búfalo-Bumbá, era um grande representante da cultura do Carimbó, tendo composto mais de 400 canções de carimbó em toda sua carreira. Sua morte no dia em que a capital Belém comemora o Dia Municipal do Carimbó, só intensifica sua importância para a cultura local e representatividade nortista.
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Seu trabalho nas artes culturais foram reconhecidos por anos através da música, a participação na cultura do bumba meu boi no Soure e criação da variação cultural, Búfalo-Bumbá, misturando a cultura marajoara com a representação cultural tradicional do Bumba meu boi. Reconhecido como Mestre da Cultura Popular do Estado do Pará por diversas instituições nacionais como o Instituto do Patrimônio, Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), honrarias concedidas pelo Ministério da Cultura e sua obra sendo declarada como patrimônio cultural imaterial do estado do Pará.

Nos últimos anos, seu trabalho foi reconhecido à nível nacional, tendo sido homenageado no carnaval de 2023 pela escola de samba Paraíso do Tuiuti, que levou um enredo baseado na chegada dos búfalos à Ilha de Marajó. E em 2025, sua composição “A mina é cocoriô!”, foi escolhida como samba-enredo da vice-campeã do carnaval do Rio de Janeiro, a Acadêmicos do Grande Rio, para o enredo “Pororocas Parawaras: As Águas dos meus Encantos nas Contas dos Curimbós”.
Mestre Damasceno estará para sempre eternizado na cultura popular nacional, foi homenageado na feira Pan-Amazônica e condecorado com a Ordem do Mérito Cultural, seu legado é marcado por iniciativas que consolidaram e renovaram as tradições populares marajoaras.
