No dia 15 de outubro é celebrado o Dia do Consumo Consciente, uma data que propõe à população uma reflexão sobre seus hábitos de consumo, estimulando escolhas mais éticas, sustentáveis e responsáveis com o meio ambiente e com a sociedade. No âmbito da moda, esse debate é urgente e necessário.
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A indústria da moda é uma das mais poluentes do mundo. Estima-se que ela seja responsável por mais de 10% das emissões globais de carbono e por cerca de 20% do desperdício total de água no planeta. Um dos principais responsáveis por esse cenário é o modelo conhecido como fast fashion, no qual grandes marcas produzem peças em massa, com baixa qualidade, para estimular o consumo rápido e descartável. Essas peças, muitas vezes, não são vendidas ou utilizadas por muito tempo, sendo descartadas de forma inadequada e contribuindo para montanhas de resíduos têxteis em aterros sanitários.
Além do impacto ambiental, o fast fashion levanta preocupações sociais sérias, como a exploração da mão de obra, principalmente em países em desenvolvimento, e condições de trabalho precárias. Tudo isso em nome de um consumo excessivo, impensado e, muitas vezes, desnecessário.
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Por outro lado, cresce cada vez mais o movimento do slow fashion, que incentiva uma moda mais consciente, durável, ética e sustentável. Dentro dessa lógica, o consumo de brechós, marcas autorais e a valorização de peças de segunda mão se tornam atitudes poderosas para quem quer consumir com responsabilidade.

No Rio Grande do Sul, esse comportamento se traduz em números: o estado é o quinto colocado no ranking dos que mais consomem brechós no Brasil, segundo levantamento divulgado no fim de agosto pela empresa Descarbonize Soluções. As iniciativas locais têm desempenhado papel importante nessa transformação.
É o caso do Brick de Desapegos, uma das primeiras feiras em Porto Alegre voltada à moda circular. Organizado todos os finais de semana na capital gaúcha, o evento já consolidou um público fiel, atraindo entre 800 e 1.000 pessoas por edição e movimentando valores que variam de R$ 800 a R$ 1.500 por expositor.
O crescimento do segmento reforça a mudança de mentalidade do consumidor brasileiro, especialmente entre os mais jovens, que buscam não apenas estilo, mas também propósito em suas decisões de compra. Em datas como o Dia do Consumo Consciente, esse debate se intensifica, reforçando que as escolhas individuais têm impacto direto na construção de um futuro mais equilibrado.









