O filme “O Agente Secreto”, dirigido por Kleber Mendonça Filho, e o ator Wagner Moura foram os grandes destaques da edição mais recente do New York Film Critics Circle Awards (NYFCC), uma das entidades mais tradicionais do jornalismo cultural norte-americano. O anúncio dos vencedores foi feito, nesta terça-feira (2), diretamente das redes sociais oficiais da organização, que reúne críticos de diversos veículos sediados em Nova York.
LEIA TAMBÉM: Conheça Heated Rivalry, nova série LGBTQIA+ baseada nas obras de Rachel Reid
Reconhecido historicamente por abrir a temporada de premiações nos Estados Unidos, o NYFCC exerce forte influência narrativa sobre o período que antecede o Oscar. Embora nem sempre seus campeões coincidam com os escolhidos pela Academia, a distinção funciona como uma espécie de termômetro para identificar tendências, consolidar nomes e impulsionar campanhas de filmes e artistas.
Kleber Mendonça Filho celebrou sua segunda vitória na categoria de Melhor Filme Internacional, consolidando ainda mais sua presença no cenário global. Seu novo trabalho, “O Agente Secreto”, repete o feito de “Bacurau”, que venceu o mesmo prêmio em 2020. O cineasta comentou nas redes: “Uma grande notícia. Preciso de um drink.”, em tom bem-humorado.
Nos últimos anos, o prêmio foi entregue a produções de grande repercussão internacional, como “Tudo Que Imaginamos Como Luz” (2024) e “Anatomia de Uma Queda” (2023), este último, inclusive, conquistou posteriormente o Oscar de Melhor Filme Internacional, reforçando a reputação da escolha do NYFCC.
Confira “Filhos do Silêncio” de Andrea dos Santos
Além do reconhecimento ao filme, o Brasil também brilhou na categoria de Melhor Ator, com Wagner Moura sendo eleito pela crítica nova-iorquina por sua interpretação no longa. O artista sucede o norte-americano Adrien Brody, vencedor no ano anterior e que também levou o Oscar por sua atuação em “O Brutalista”.
A escolha de Wagner Moura reforça a crescente visibilidade do ator brasileiro em produções internacionais e sua capacidade de transitar entre projetos independentes e grandes produções, mantendo forte impacto crítico.
Relevância do prêmio e repercussão internacional
Fundado em 1935, o NYFCC se reúne anualmente em Manhattan para discutir e votar nos destaques cinematográficos do ano. A presença de “O Agente Secreto” e de Wagner Moura na lista de vencedores coloca novamente o cinema brasileiro em um espaço de discussão privilegiado, especialmente em um período no qual debates sobre diversidade cultural e expansão de narrativas internacionais ganham força.
A vitória brasileira, celebrada amplamente nas redes sociais e veículos especializados, representa não apenas um marco para os profissionais envolvidos, mas também reforça o papel do Brasil no panorama cinematográfico contemporâneo.









