37 anos da Constituição Cidadã: o marco que reconstruiu a democracia brasileira

Promulgada em 5 de outubro de 1988, a chamada Constituição Cidadã completa 37 anos em 2025. Nascida do desejo coletivo de reconstruir o país após 21 anos de ditadura militar, ela se tornou o maior símbolo de uma nação que buscava reatar o elo rompido entre o povo e a democracia.

Mais do que um texto jurídico, a Constituição foi e ainda é um ato de memória, resistência e esperança. Sob a liderança de Ulysses Guimarães, o Congresso Constituinte abriu suas portas para vozes até então silenciadas: mulheres, trabalhadores, indígenas, estudantes e movimentos sociais.

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Pela primeira vez, o Brasil ouviu o eco da pluralidade em um documento oficial. Cada artigo redigido representava um passo em direção à liberdade de expressão, à justiça social e ao direito de existir com dignidade.

A Constituição de 1988 não apenas redesenhou as instituições políticas, mas também inaugurou um novo tempo para a cultura e a educação.

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Foi ela que garantiu o princípio da liberdade artística, a valorização da diversidade cultural e o reconhecimento dos direitos das populações tradicionais e quilombolas.

No campo simbólico, ela devolveu à arte o papel de instrumento crítico e transformador, libertando a criação das amarras da censura.

Hoje, 37 anos depois, o país ainda vive sob os desafios de proteger essa conquista. As ameaças à democracia, os ataques à imprensa e os retrocessos sociais lembram que o espírito da Constituição precisa ser reafirmado diariamente não apenas nas leis, mas nas práticas e no imaginário coletivo.

A cidadania, como mostrou 1988, é uma construção permanente.Ao celebrar a data, não se comemora apenas um marco político, mas a coragem de um povo em reescrever sua própria história. A Constituição Cidadã permanece como um farol um lembrete de que a democracia é feita de memória, voz e resistência.

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