Você tem especial prazer em fazer alguma coisa no seu íntimo, que ninguém precisa saber, e que você nunca parou para pensar se era preciso que alguém soubesse? Esses prazeres que a gente sente quando enfia uma colher de doce de leite bem cheia na boca, mas se sua mãe visse ia dizer: “Que falta de educação…”.
Ou naqueles dias de calor muito forte, que entrar embaixo do chuveiro frio dá um alívio igual ao de apertar um monte de feijão cru em uma pilha enorme em cima da mesa, ou tomar um copo de água fresca, ou fazer xixi quando está apertado para caramba… Os pés no chão de quem sempre está com ele apertado nos sapatos? É bom, né? E nem é necessariamente somente sobre sapatos!
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A observação quieta e suave de um gato se espreguiçando em cima de um muro, ou de um cachorrinho que se deita para receber o carinho do seu dono ou de alguém que está passando e ele se engraça todo.
E aí os pensamentos vão longe, tão longe que só você consegue imaginar para onde… E essa é uma viagem solo, porque ninguém teria a capacidade de te acompanhar nessa empreitada, e mesmo que houvesse um invasor nessas suas viagens, ele não conseguiria sentir os pequenos prazeres que só você tem a sutileza de abstrair as tensões e sentir, em um êxtase profundo, quase imperceptível, de tão rápido e sutil.
Por isso estamos aqui, nessa vida, para viver de pequenos prazeres…
Mas quantas pessoas de fato admiram e sentem esses fragmentos de tempo sutis, que ficam de fato na memória, que você sente tão delicadamente que se não estiver atento te escapa? Eu não tenho números, mas posso afirmar que muita, mas muita gente não vê beleza nenhuma nesses pequenos prazeres. Ficam só aguardando um prazer gigante, um acontecimento monumental para ser feliz…
Talvez pelas amarguras da vida, talvez pela correria que esses tempos digitais nos empoem, mas o fato é que aqueles que conseguem sentir, sentem um tesão enorme em viver. Comemoram cada raio de sol que bate na pele, cada sorriso espontâneo que recebeu, cada mensagem que esperou e que um dia chegou, cada centelha de vida que flui por todos os dias.
Amelie Poulain, a do filme de 2001, em seus segredos íntimos de realizar seus prazeres mais escondidos, ou nos desejosos prazeres causados pelos aromas de Chocolate (outro filme, esse com Juliette Binoche e Johnny Depp), ou simplesmente “com a gente mesmo”, quando consegue aguçar os sentidos para ter pequenos prazeres, é o momento que se pode dizer que ESSA VIDA VALE A PENA.
E esse texto é um chamado para que você descubra em você o que te dá prazer, e deixe fluir, viaje na solitude de sentir prazer em pequenas coisas, em visões de pequenos paraísos guardados dentro de um recorte mínimo do seu olhar, use os sentidos, a alma, a sensibilidade… mas use… Decida SER FELIZ nas pequenas coisas, assim você será feliz todos os dias.
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A felicidade é um estado que você decide construir a partir de hoje. Ela não é buscada, não é encontrada em nada que está no futuro que você nem sabe se virá, ela simplesmente é o resultado das suas escolhas de agora.
E aí, eu te pergunto: tem coragem de ser feliz a partir de hoje? Comece valorizando quem você é, a sua história de vida, as suas escolhas e conquistas, seus aprendizados e todas as oportunidades que você decidir abraçar a partir de hoje. Autocuidado, alimento gostoso comido devagar, soninho bom no meio da tarde… Casa detalhe faz vale a pena.
Beijo da Linda para você, até a próxima.
