A fé está onde seus olhos não alcançam

Dos assuntos mais divergentes que um cientista pode discutir é fé. E eu não estou falando de religião, mas daquele sentimento que não se explica, que você sente e é só isso. Na ciência, tudo que se pesquisa, e se diz que é ou não é, precisa de teoria, explicação, aplicação e comprovação. Já a fé é o oposto, ela está nos sentimentos mais profundos de um ser, independente do que a cabeça pense.

Ciência é acreditar no que se comprova. Fé é acreditar no que não se vê.

Quantas foram as vezes em que eu ouvi pessoas criticando as outras por sua fé? Essa fé pode ou não estar manifestada na sua religião, mas ela sempre está lá. Dificilmente você vai encontrar alguém que não acredite em absolutamente nada.

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Agora, se falarmos de religião, aí o assunto rende demais, com certeza, vira cenário para briga. Existe uma religião certa? Para mim sim e não. Explico! Pelo ponto de vista de quem pratica, a sua religião pode estar muito certa, mas para quem vê de fora, a religião do outro não é boa, boa é somente a que esse ser pratica. Reducionista demais para mim.

Religião, para mim, é a manifestação da fé em comum de seres humanos que criam ajuntamentos para se justificarem. Assim, eu acredito em algo, logo, vou me juntar a outras pessoas que acreditam no mesmo que eu, e aí deixamos rolar, mesmo que pareça esquisito para os outros, para esses faz muito sentido.

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Mas, quando envolvem seres humanos, nada é tão simples. Entram conceitos definidos por Freud, Jung, Marx, Freire, e o que era para ser a manifestação de fé em comum, vira palanque político, interesse econômico, domínio do mais poderoso sobre o mais vulnerável e, claro, todo mundo tem uma razão absoluta, já que quem fala mais alto leva a disputa.

Sinto muito, mas eu não tenho estômago para ser ignobilmente comandada sem questionar. Mas esse texto não é sobre religiões ou religiosidades. É sobre aquele frescor que o seu espírito busca quando você sente a dor lancinando a sua carne. É sobre aquele sentimento de ter certeza que uma energia maior está cuidando de tudo, como um grande Pai, e você respira.

E pensando nessa fé e na espiritualidade como ferramentas que devemos usar para encontrar a felicidade, eu te convido a pensar:

No que de fato alivia a sua dor, aquela dor da alma, que nenhum remédio cura?

Sente a manifestação de Deus na aurora e te contenta a alma o crepúsculo?

Antes de tudo, o que te faz se conectar com o sagrado que habita em você?

Assim, de momentos difíceis em momentos difíceis, o ser humano vai construindo a sua fé, as suas conexões com o sagrado, mas esquece que dos mais sagrados dos atos é respeitar a criação: a natureza, os animais, as pessoas. Respeito não é adoração pela criação, porque adoração é só para Ele, o criador, mas reconhecer que seria impossível o ser humano pintar uma flor com cores que sempre combinam; ver a vida se refazer no nascimento de um bebê; ver a manifestação do sagrado nos movimentos das ondas, das nuvens e das fases da lua; e como os animais, instintivamente, perpetuam suas espécies.

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Ainda sobre fé e espiritualidade, te convido a prestar atenção na vida. Não pelas telas dos seus aparelhos modernos, mas usando os seus sentidos, a sua intuição e tão somente CRENDO. Esse movimento não é fácil não, porque nós, seres humanos, queremos comandar tudo, principalmente os mais ansiosos, mas… Não dá.

Então, creia em quem você quiser crer, mas lembre-se que suas forças são finitas, as dEle, não.

Beijos da Linda, até a próxima.

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