Em meio a um dos julgamentos antitruste mais relevantes dos últimos anos, a Meta Platforms Inc. declarou que a evolução dos aplicativos WhatsApp e Instagram só foi possível graças à sua intervenção direta após as aquisições. A afirmação da gigante da tecnologia ocorre durante processo movido pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC), que acusa a empresa de práticas anticompetitivas.
LEIA TAMBÉM: Google é investigado por violação antitruste em acordo com startup de inteligência artificial
A Meta, que comprou o Instagram em 2012 e o WhatsApp em 2014, defende que ambos os aplicativos passaram por significativas melhorias técnicas e de alcance global após passarem a integrar seu ecossistema.
“O WhatsApp hoje tem quase 3 bilhões de usuários e gera cerca de 10 bilhões de dólares por ano. Esse crescimento só aconteceu porque investimos recursos, infraestrutura e visão de longo prazo”, afirmou Mark Zuckerberg, CEO da empresa, em depoimento recente.
Por outro lado, a FTC sustenta que as aquisições impediram o crescimento independente dessas plataformas, eliminando potenciais concorrentes e comprometendo a competitividade no mercado de redes sociais. A comissão alega que, sem a compra, tanto o WhatsApp quanto o Instagram poderiam ter se desenvolvido de forma autônoma e contribuído para um cenário mais equilibrado no setor.
O julgamento ganhou novos contornos com o testemunho de Brian Acton, cofundador do WhatsApp, que alegou que o aplicativo já apresentava crescimento exponencial e funcionalidades avançadas antes de ser vendido ao Facebook. Acton também expressou preocupação com mudanças nas políticas de privacidade impostas após a aquisição.
Caso a justiça norte-americana dê ganho de causa à FTC, a Meta poderá ser obrigada a vender os dois aplicativos, o que representaria uma reviravolta sem precedentes no mercado de tecnologia. O julgamento segue em andamento, sem previsão de decisão final. A Meta, por sua vez, reafirma que continuará investindo em inovação e segurança em todas as suas plataformas.
