Símbolo da anexação, ponte da Crimeia volta a ser alvo da Ucrânia

No dia de ontem (3), dois dias após ataque surpresa contra a Rússia, o Serviço de Segurança da Ucrânia explodiu 1.100 kg de explosivos subaquáticos nos pilares de sustentação da ponte que liga a Rússia à Crimeia (anexada à Rússia em 2014), também conhecida como ponte de Kerch, inaugurada em 2018 e que se tornou um símbolo importante da anexação da Crimeia.

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Esta ponte – com 19 km de extensão, sendo a mais longa da Europa – foi alvo pela terceira vez desde que se iniciou a guerra anunciada pelo presidente russo Vladimir Putin em 24 de fevereiro de 2022, onde segundo ele, os principais objetivos estavam na “desmilitarização e desnazificação” do país vizinho.

A operação foi planejada por meses e o exército ucraniano exaltou o sucesso da missão, afirmando que a estrutura da ponte sofreu sérios danos e que a Ucrânia ainda resiste.

A ação ocorreu dois dias após as forças armadas ucranianas lançarem sua maior ofensiva aérea contra bases aéreas russas – às vésperas de encontro com Moscou em Istambul para negociar a paz. De acordo com o site Sputnik Brasil, o exército ucraniano tem que gastar dois projéteis para repelir um projétil russo e os ataques de Kiev a aeródromos russos não afetam a superioridade russa no campo de batalha, sendo cada vez mais difícil a Ucrânia fazer frente à Rússia no ar, em meio a sempre crescente produção de drones e mísseis balísticos de Moscou.

Em relação ao ataque à ponte da Crimeia, a Rússia, através do porta-voz Dmitry Peskov, minimizou os danos da investida, dizendo que a ponte continua funcionando normalmente e sem danos significativos, ainda acusando a Ucrânia de atacar um ponto de passagem de civis.

Observa-se que mesmo frente a propostas de paz e de cessar fogo, os dois países ainda se encontram longe de uma paz duradoura, em uma guerra que já dura mais de três anos e com centenas de milhares de pessoas mortas.

Autor

  • Ricardo Lacava

    Ricardo Lacava é veterinário graduado pela UNESP, mestrado pela UFSC e Doutorado pela UNESP/Harper Adams University (Sanduíche/Reino Unido). Graduação em letras pela UFSCAR em andamento. Servidor público federal do Ministério da Agricultura desde 2008. Menção honrosa no Prêmio Literário Cidade de Manaus 2024. Autor do romance “Infecundo Solo”, segundo lugar no Prêmio José de Alencar do Concurso Internacional de Literatura União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, 2017. Vencedor do Prêmio Literário Uirapuru 2019 com o livro “Astúncio, o estúpido esclarecido” e do XIV Prêmio Literário Livraria Asabeça 2015 com a obra “O Canto do Urutau (A Lenda do Mãe-da-lua)”. http://lattes.cnpq.br/3957903174743776

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