Imigrantes em “competição pela cidadania”: proposta de reality repercute nos EUA

O governo dos Estados Unidos está avaliando uma sugestão inusitada de programa de TV: um reality show no qual imigrantes competiriam entre si pelo direito de obter a cidadania norte-americana.

Em mensagem publicada na plataforma X, Tricia McLaughlin, secretária adjunta de relações públicas do Departamento de Segurança Interna (DHS), esclareceu que a proposta ainda não foi nem aprovada, nem rejeitada pela administração.

Leia mais: Ataques israelenses deixam ao menos 50 mortos em Gaza

Ela destacou que o DHS recebe anualmente centenas de pitches – apresentação breve e focada, com o propósito de persuadir potenciais investidores a apoiar uma ideia, produto ou serviço – para produções televisivas. Esse tipo de material vão desde documentários sobre as operações da agência de imigração ICE até séries investigativas sobre crimes de colarinho branco.

A reportagem original foi divulgada pelo jornal britânico Daily Mail, que afirma ter tido acesso a um documento de 35 páginas detalhando o formato do reality.

Segundo o meio de comunicação, Kristi Noem, secretária de Segurança Interna, estaria entre as defensoras da iniciativa. No entanto, McLaughlin limitou‑se a confirmar que a ideia está sob análise, sem mencionar apoio ou objeção por parte de Noem.

O autor do projeto é Rob Worsoff, roteirista e produtor conhecido pelo sucesso do reality “Duck Dynasty”, que retrata o dia a dia de uma família de caçadores na Louisiana.

A proposta também faz referência ao histórico de produções do gênero: antes de ingressar na política, o presidente Donald Trump apresentou o programa “O Aprendiz” entre 2004 e 2017, que misturava desafios empresariais a eliminações semanais.

Até o momento, não há cronograma definido para uma decisão do DHS nem previsões sobre emissoras interessadas em levar o formato às telas.

Ainda na plataforma conhecida também como Twitter, internautas compararam a possibilidade da criação do reality com a série de livros e filmes de Suzanne Collins, “Jogos Vorazes”, onde jovens são sorteados para lutar, literalmente, pela vida e pela liberdade de seus distritos, no programa imaginado pelo DHS os concorrentes disputariam a “sobrevivência” burocrática e simbólica de obter um passaporte, mediante provas que poderiam incluir testes de idioma, cultura e habilidades práticas.

Autor

Marcado:

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *