PT acusa Valdemar da Costa Neto de espalhar desinformação sobre o 8 de janeiro

O Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou que vai acionar a Justiça contra Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), após declarações feitas por ele em um evento em Itu, no interior de São Paulo, no último sábado (13). Durante o discurso, Valdemar afirmou que “quem começou o quebra-quebra foi um povo do PT”, associando a legenda aos ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

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Ao longo da fala, o dirigente do PL também criticou a forma como o Supremo Tribunal Federal classificou os atos de vandalismo. “O grande problema nosso é que teve aquela bagunça no 8 de Janeiro e o Supremo diz que aquilo foi golpe, olha que absurdo. Camarada com pedaço de pau, um bando de pé de chinelo, eles classificam, falam que aquilo é golpe”, declarou.

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A direção nacional do PT reagiu às declarações na terça-feira (16), repudiando as acusações e apontando que não há qualquer evidência que sustente a versão apresentada por Valdemar. O presidente do partido, Edinho Silva, afirmou, em nota, que medidas judiciais serão tomadas para garantir que o caso seja apurado.

Segundo o PT, as falas de Valdemar representam uma tentativa de desinformar a opinião pública e enfraquecer a legitimidade das investigações e decisões da Justiça sobre a tentativa de golpe de Estado. “Falsas acusações não apagarão a verdade nem a responsabilidade daqueles que atentaram contra a democracia brasileira”, diz o comunicado divulgado pela legenda.

As declarações de Valdemar ocorreram poucos dias após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a mais de 27 anos de prisão pelo STF, junto de outros sete acusados. Apesar de, no evento, minimizar os atos de 8 de janeiro dizendo que “golpe é com metralhadora, com tanque de guerra. Nunca houve golpe”, Valdemar já havia admitido anteriormente que houve planejamento golpista no Brasil, mas depois recuou, afirmando ter sido “mal interpretado”.

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