PSDB aprova fusão com Podemos e tenta retomar protagonismo político

Nesta terça-feira, 29, a Executiva Nacional do PSDB aprovou, por unanimidade, o início do processo de fusão com o Podemos. Esta decisão foi tomada a partir de uma reunião entre o presidente tucano, Marconi Perillo, e os deputados do partido, e pode ser concluída até junho com a aprovação do Tribunal Superior Eleitoral, o TSE

Uma fusão partidária é a união definitiva entre dois ou mais partidos políticos, que passam a formar uma única sigla. As legendas deixam de existir individualmente, unindo estatuto, diretórios e CNPJ. Diferente da federação, não há possibilidade de uma futura separação. 

A cúpula do PSDB marcou para o dia 5 de junho uma convenção nacional, que pode aprovar ou rejeitar propostas de fusão com os votos de membros do diretório nacional, delegados estaduais e tucanos do Congresso Nacional, deverá decidir os detalhes dessa fusão, com mudanças, por exemplo, no estatuto tucano. A expectativa de dirigentes dos partidos é que o Podemos também convoque uma convenção para junho.

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Os sociais democratas do PSDB perderam grande parte de seus quadros e tentam se colocar como oposição ao governo de esquerda, enquanto o Podemos foi o partido que abrigou expoentes da Lava Jato, como o senador Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol. Ainda que tenha nomes reconhecidos de oposição, como o do deputado Maurício Marcon, o partido teve ligações com o governo por meio de cargos de segundo escalão.

O deputado Marcon, em uma fala para a Gazeta do Povo, diz que, caso a fusão traga candidatura de centro para 2026, ele deve buscar outro partido. 

“Eu estarei do lado da candidatura de direita, com Jair Bolsonaro. Inclusive, com a fusão se abre a possibilidade de sair do partido antecipadamente. Eu não vou patrocinar protagonismo para o Aécio. E conhecendo os meus colegas de bancada, esse não vai ser um ponto de fácil aceitação”, enfatizou o deputado, vice-líder da oposição durante quase dois anos. 

Se a fusão for autorizada, a nova legenda poderá ter 27 deputados federais, 401 prefeitos, 5330 vereadores e o novo partido pode se tornar o 6º maior em população governada, com 16.370.200 habitantes. 

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