O PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) discute internamente a possibilidade de integrar uma federação com MDB (Movimento Democrático Brasileiro) e Republicanos, mas qualquer avanço depende da conclusão da fusão com o Podemos. O assunto está em debate na cúpula tucana.
A ideia ganhou força após a criação da União Progressista, federação entre União Brasil e PP (Progressistas), que passou a liderar a Câmara dos Deputados em número de parlamentares, com 109 deputados, ficando atrás apenas do PSD (Partido Social Democrático) no Senado. Para caciques tucanos, essa federação seria a que mais representaria um “projeto nacional” aliado ao PSDB para as eleições de 2026.
A possível federação também influencia o futuro do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, que, com a saída de Raquel Lyra, governadora de Pernambuco, e de Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, para o PSD, é o único governador a permanecer no PSDB. Ele tem sido sondado pelo PSD, mas decidiu aguardar uma definição da executiva nacional até o fim do semestre, de acordo com seus aliados.
Mato Grosso do Sul é considerado o último reduto tucano, com 44 prefeituras e cerca de 260 vereadores. A saída de Riedel poderia enfraquecer ainda mais o partido, que perdeu quase metade das prefeituras em todo o Brasil nas eleições de 2024 — de 515 para 269.