Instituto pede prisão domiciliar a mães presas do 8 de janeiro

Próximo à data do Dia das Mães (Domingo, 11), o Instituto Grito de Liberdade (IGL), criado em 2024, após a tentativa de golpe de Estado do dia 08 de janeiro de 2023, solicitou via ofício um pedido de “caráter humanitário” ao Supremo Tribunal Federal (STF), em que pede a prisão domiciliar às presas que tiveram participação em atos antidemocráticos e que são mães de crianças menores de doze anos.

LEIA TAMBÉM: STJ valida mudança de gênero neutro em documentos oficiais

Com a chegada do Dia das Mães, a dor do encarceramento se multiplica. Não apenas por estarem distantes de seus filhos, mas porque seus filhos também estão sendo punidos, privados do direito de crescer sob o olhar e o afeto de suas mães. Crianças pequenas, em fase de desenvolvimento emocional delicado, estão sendo arrancadas do vínculo mais essencial de suas vidas

O documento solicita a concessão do benefício à 10 presas, citando o art.318, inciso V do Código Penal. O art.318 estabelece os casos em que a prisão preventiva pode ser substituída pela prisão domiciliar. O inciso V, em particular, trata da situação em que a pessoa presa é uma mulher com um filho de até 12 anos de idade. 

Confiamos que esta Suprema Corte saberá ouvir esse clamor e lançar um olhar compassivo e jurídico sobre a situação dessas mulheres e de seus filhos. Que o STF possa reafirmar seu compromisso com a Constituição, com a justiça e, sobretudo, com a vida de milhares de crianças que esperam por suas mães”

Alexandre de Morais anexou o pedido aos outros autos dos processos, contudo, ainda não foi analisado.

Autor

  • Ricardo Lacava

    Ricardo Lacava é veterinário graduado pela UNESP, mestrado pela UFSC e Doutorado pela UNESP/Harper Adams University (Sanduíche/Reino Unido). Graduação em letras pela UFSCAR em andamento. Servidor público federal do Ministério da Agricultura desde 2008. Menção honrosa no Prêmio Literário Cidade de Manaus 2024. Autor do romance “Infecundo Solo”, segundo lugar no Prêmio José de Alencar do Concurso Internacional de Literatura União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, 2017. Vencedor do Prêmio Literário Uirapuru 2019 com o livro “Astúncio, o estúpido esclarecido” e do XIV Prêmio Literário Livraria Asabeça 2015 com a obra “O Canto do Urutau (A Lenda do Mãe-da-lua)”. http://lattes.cnpq.br/3957903174743776

Marcado:

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *