O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma declaração pública nesta segunda-feira solicitando uma “grande investigação” sobre supostos pagamentos ilegais realizados pela campanha presidencial de Kamala Harris em 2024 à celebridades como Beyoncé, Bruce Springsteen, Oprah Winfrey e Bono. Trump acusa a campanha de esconder contribuições ilegais sob a aparência de despesas de produção.
Segundo Trump, Beyoncé teria recebido cerca de US$ 11 milhões por uma breve participação em um comício de Harris. No entanto, os registros oficiais de financiamento de campanha indicam que a empresa de produção de Beyoncé, Parkwood Entertainment, recebeu apenas US$ 165 mil, enquanto a empresa de Oprah Winfrey, Harpo Productions, recebeu US$ 1 milhão, ambos para cobrir custos legítimos de produção de eventos, e não para endossos pessoais.
As celebridades mencionadas negaram veementemente as acusações. Oprah Winfrey afirmou que seu apoio à candidatura de Harris foi voluntário, sem qualquer pagamento para endossar a campanha. A equipe de Harris reiterou que todos os pagamentos feitos foram estritamente para serviços de produção, devidamente reportados às autoridades eleitorais.
Especialistas em legislação eleitoral explicam que a Comissão Federal Eleitoral permite que campanhas paguem fornecedores por serviços legítimos de produção, desde que esses valores sejam compatíveis com o preço de mercado e estejam transparentemente documentados. Pagamentos para endossos pessoais, por sua vez, são ilegais e rigorosamente monitorados.
Até o momento, a campanha de Kamala Harris não emitiu uma resposta oficial às acusações de Trump. Analistas políticos sugerem que essa iniciativa pode ser uma estratégia para desviar o foco público de outras controvérsias que envolvem o atual presidente.
O episódio evidencia as tensões persistentes entre Donald Trump e diversas personalidades culturais que têm se manifestado contra ele, além de levantar novamente o debate sobre o papel das celebridades na política americana contemporânea.