Os Estados Unidos divulgaram nesta segunda-feira (29) um plano de encerrar a guerra na Faixa de Gaza. A proposta prevê a criação de um conselho internacional presidido por Donald Trump, chamado “Conselho da Paz”, e funcionaria como um governo administrativo temporário para posteriormente ser assumido pela Autoridade Palestina.
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Plano de paz
A proposta prevê a Faixa de Gaza como uma zona livre de grupos armados e transformada em outro território sob diferentes aspectos, como econômicos e internacionais. Além disso, integrantes do Hamas que entregarem suas armas e se comprometerem com a convivência pacífica poderão receber anistia.
Em uma coletiva de imprensa, Donald Trump afirmou que se o Hamas rejeitar a proposta, os Estados Unidos apoiarão medidas militares para eliminar o grupo terrorista de forma definitiva.
O presidente de Israel, Benjamin Netanyahu, concordou com o plano e afirmou que Israel avançará na ofensiva caso o Hamas não aceite os termos propostos pelos EUA.
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Alguns pontos do plano de paz dos EUA incluem:
- cessar-fogo logo após a aceitação do plano pelo Hamas;
- Israel libertaria seus prisioneiros, enquanto o Hamas devolveria todos os reféns em 72 horas;
- entrada imediata de alimentos, água, energia, hospitais e infraestrutura em Gaza; e
- uma nova governança em Gaza.
“Nova Gaza”
A Faixa de Gaza, segundo o acordo, passaria a ter um governo temporário de transição formado por um comitê palestino tecnocrático e apolítico, responsável por administrar os serviços públicos do dia a dia.
O grupo seria composto por palestinos considerados “qualificados” e especialistas internacionais, deixando o trabalho sob a supervisão do chamado “Conselho da Paz”, chefiado por Donald Trump.
Caberia a esse comitê administrar os recursos para a reconstrução da Faixa de Gaza. Além disso, o Hamas e outras facções palestinas estariam impedidos de participar do novo governo, direta e indiretamente.
Futuramente, o poder seria transferido para a Autoridade Palestina – reconhecida internacionalmente como o governo dos territórios palestinos. Porém, essa transferência está condicionada a reformas na própria Autoridade Palestina.









