O Vaticano anunciou nesta quinta-feira (8) que o cardeal americano Robert Francis Prevost foi eleito o novo papa da Igreja Católica. A fumaça branca subiu da Capela Sistina às 18h14 (horário local), após três dias de conclave. Pouco depois, o tradicional anúncio Habemus Papam foi feito na sacada da Basílica de São Pedro lotada.
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Aos 69 anos, Prevost escolheu o nome de Papa Leão XIX e se torna o primeiro pontífice nascido nos Estados Unidos em toda a história da Igreja. Ele entra no lugar do Papa Francisco, que faleceu em março, aos 88 anos.
Em sua primeira bênção Urbi et Orbi, Leão IV afirmou estar “honrado e comovido” pela confiança dos cardeais e pediu orações pelo seu pontificado. Ele também destacou a importância de “seguir a estrada da misericórdia, da justiça e da paz”, dando sinais de que pretende manter o tom pastoral de Francisco.
A eleição de Prevost, que vinha ganhando destaque no Vaticano por sua atuação como prefeito do Dicastério para os Bispos, gera expectativas dentro e fora da Igreja. Fiéis e especialistas esperam uma continuidade das reformas iniciadas por Francisco, especialmente nas áreas de combate aos abusos sexuais, maior transparência financeira e ampliação do diálogo com outras religiões.
A escolha também reacende o debate sobre o equilíbrio de poder dentro da Igreja. Até hoje, a maioria dos papas veio da Europa, especialmente da Itália. A eleição de Prevost sinaliza uma mudança no eixo de influência para além do tradicional centro europeu.

O que significa sua eleição
A escolha de Prevost quebra um padrão histórico: a maioria dos papas sempre foi europeia, principalmente italiana. A chegada de um americano ao trono de Pedro reflete uma Igreja cada vez mais globalizada e com forte crescimento fora da Europa.
Especialistas destacam que Prevost é visto como alguém próximo à visão de Francisco. Espera-se que ele dê continuidade às reformas administrativas e à política de tolerância zero contra abusos sexuais, além de manter a Igreja engajada em temas sociais e ambientais.
Como foi a eleição
O conclave contou com 119 cardeais eleitores, que participaram de sessões secretas até que Prevost atingisse a maioria qualificada de dois terços dos votos. Após a escolha, ele vestiu os trajes papais na tradicional “Sala das Lágrimas”, antes de sua primeira aparição pública.
Nos próximos dias, o Vaticano deve divulgar a agenda inicial de compromissos e as primeiras decisões oficiais do novo papa.