A nota oficial divulgada pelo governo brasileiro sobre o recente confronto militar entre Israel e Irã gerou reações imediatas da oposição. Parlamentares de partidos como PL, Novo e Republicanos classificaram o posicionamento do Palácio do Planalto como “ambíguo” e “tímido“, cobrando uma condenação mais enfática aos ataques do regime iraniano.
Leia mais: Câmara aprova urgência para derrubar projeto de aumento do IOF
A manifestação do Itamaraty destacou a preocupação com a escalada do conflito no Oriente Médio e pediu moderação das partes envolvidas, sem apontar responsabilidades diretas. Para opositores, a ausência de uma crítica direta ao Irã seria um sinal de alinhamento político do governo Lula com regimes considerados autoritários.
Nas redes sociais, deputados federais como Nikolas Ferreira (PL-MG) e Kim Kataguiri (União-SP) acusaram o governo de manter uma política externa “ideológica” e distante dos interesses diplomáticos tradicionais do Brasil. “Enquanto o mundo repudia o ataque iraniano, Lula se cala ou relativiza”, afirmou Kataguiri.
Aliados do governo, por outro lado, defenderam a nota como coerente com a tradição diplomática brasileira de neutralidade e defesa da paz. O senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que “o papel do Brasil é promover o diálogo e evitar mais sangue derramado”.
A tensão entre Israel e Irã continua sendo monitorada de perto pelo Itamaraty, que avalia os impactos da crise no cenário internacional e no mercado de petróleo. A posição do Brasil, segundo fontes do governo, seguirá priorizando a desescalada e a diplomacia.
