Nikolas Ferreira, disseminador de Fake News, é obrigado a remover vídeo e indenizar artista por danos morais

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), conhecido por disseminar conteúdos difamatórios e falsos em suas redes sociais,  foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro a indenizar a cartunista Cecília Siqueira Neres Ramos por danos morais. 

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O deputado foi obrigado a apagar o vídeo publicado em outubro de 2024 que associava o trabalho de Cecília a condutas criminosas e imorais, o que provocou ataques à artista. Também terá que pagar 10 mil reais por danos morais pelo conteúdo difamatório disseminado contra a artista .

Estes episódios são frequentes na vida do deputado. No mês de junho deste mesmo ano, o deputado perdeu o último recurso no STJ e terá que indenizar a deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) em R$ 30 mil por transfobia. Ainda neste ano, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) a pagar R$ 200 mil por dano moral coletivo no episódio ocorrido em 2023 em que disse ser uma mulher transexual ao discursar na tribuna da Câmara no Dia Internacional das Mulheres.

Nikolas Ferreira em discurso homofóbico na Câmara dos Deputados em 2023. ^Foto: TV Câmara

Pelo viso, o deputado, que tanto fala sobre “difamações” e “perseguições” sofridas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, não se incomoda muito quando está no papel do acusador, mesmo que sem fundamentos. Parece que o que quer mesmo é ser ofensivo, chamar a atenção, não se importando com as consequências. Mera coincidência com Eduardo Bolsonaro?

O nosso pequeno “patriota” e “temente a Deus”, mesmo com o risco de perder seus direitos políticos ou tendo que pagar indenizações por danos morais, parece não se incomodar. Para ele, “os fins justificam os meios”, mesmo que estes meios sejam artifícios sujos e antiéticos.

Autor

  • Ricardo Lacava

    Veterinário graduado pela UNESP, mestrado pela UFSC e Doutorado pela UNESP/Harper Adams University (Sanduíche/Reino Unido). Graduação em letras pela UFSCAR em andamento. Servidor público federal do Ministério da Agricultura desde 2008. Menção honrosa no Prêmio Literário Cidade de Manaus 2024. Autor do romance “Infecundo Solo”, segundo lugar no Prêmio José de Alencar, Concurso Internacional de Literatura União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro, 2017. Vencedor do Prêmio Literário Uirapuru 2019 com o livro “Astúncio, o estúpido esclarecido” e do XIV Prêmio Literário Livraria Asabeça 2015 com a obra “O Canto do Urutau”.

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